sábado, 18 de agosto de 2012

Devaneios

Sonhei que estávamos abraçados, e neste momento era apenas eu e tu, nós. Logo depois surge pessoas, seus pais, amigos e me dou conta que nada havia acabado. Tudo que aconteceu depois do adeus, eram apenas imaginações minhas enquanto respirava teu perfume e deseja te amar pra sempre. Calmamente te sorri e falei obrigada, e não entendeste. Queria saber porque não conseguia desviar o olhar dos teus e te sussurar mil te amo. Então olhei pra minha roupa, não a conhecia. Olhei o jornal e marcava o ano 2017. Seu cabelo está mais curto, e sua barriga te entrega que não parastes de beber,mas eu te amava da mesma maneira. Seus pais sorriam, seus avós também. Então olhei pra mim, estava idêntica, mas meu ar de séria me assustou. Usava óculos, papéis ocupavam meu lugar no sofá e meus cabelos não tinham mais dois tons. Em um dos meus dedos existia um anel idêntico no que tinha no seu e eu não sabia como tinha ido parar ali. Éramos um só. Você sorriu e eu pude ver que me amavas. Saímos nós dois e pelo trajeto conversávamos sobre nossas bobagens com malícia. Tu não me chamavas pelo meu nome, nossos apelidos eram iguais e o teu cheiro também. Tu me dizias o quanto eu tinha mudado e continuava a mesma pessoa que conhecera e se apaixonara. E eu adorava ouvir tua voz falando de mim. Na rádio tocava nossa música e tu me deste a mão e pronunciavas em como alguém adivinharia que daríamos certo. Falo que te amo e tu me beijas, e teu gosto continua igual. Paramos, jantamos e você continua comendo da mesma maneira, e com dengos pra mim. Vou ao banheiro e passo pela porta do seu, está se olhando da mesmo jeito e me sorri de volta e eu entendo teu sorriso. Você vem e me abraça e me conta que acredita ser pra sempre. Eu te abraço de volta e me corre uma lágrima. Antes de poder te dizer que concordo plenamente, eu acordo. E vejo que estou no meu quarto. Olho para o lado vejo que nossa foto não estampa mais a tela do meu computador.