quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fossa

Estou perdida. Não consigo ficar em pé. Dou risada e me maquio, mas é puro fingimento. Quero ficar quieta sem ser tocada por ninguém, só lembrando e relembrando pra ver onde erramos. Uma intimidade que não existiu nunca, foi constituída logo na nossa primeira conversa. Fomos se encaixando. Meu defeito era sua qualidade. Porque? Porque penso nisso a cada segundo? Quero chorar, mas eu já estou. Quero implorar a minha sensatez que te perdoe, e imploro. Me acho idiota, e estou sendo. Será que não vê? será que não viste? Estou quebrada, querendo que me cole. Vivo na augústia, de augústia. Não aguento isso, quero sumir. Sumir pra onde você está, sumir pro seu lado. Me ame, me adore de novo. Continue do meu lado. Não quero promessas, quero verdades. Verdades doídas, verdades sinceras. Existe? Não me deixe fugir de novo, não me deixe escapar entre seus dedos, estou aqui. Meu corpo se mexe, minha alma empedra. Meu coração te liga e diz volta, minhas mãos apagam teus vestígios. E eu não quero de jeito nenhum que o tempo cure, não quero desejar você longe mim. Fique comigo, mesmo longe esteja comigo.