sexta-feira, 9 de novembro de 2012

(não) É MEU

Não aches que é minha cara metade, ou que nascemos um pro outro. Tu é minha cola. A cola que eu preciso pra me ligar aos outros pontos, que me tem por inteiro apenas pra me colar para algum lado. O lado da tristeza, o lado do riso, o lado da indiferença. Tu me tens em tuas mãos e não sabes, porque me moldas. É como um ímã que puxa confissões, que puxa sentimentos, ou simplesmente o desejo que esteja perto de mim. Não me traz calma, é uma tranquilidade violenta, uma festa silenciosa, uma gargalhada sem barulho. É estranho não me segurar em nada, é estranho deixa que me prendas sem o mínimo esforço. Que me deixes ser domada, domando ao mesmo tempo. Que seja a submissa mandando. Me sinto um fantoche que controlas comigo dando as ordens, e apenas por isso cordenas tudo. Não te quero pra mim, mas não quero dar-te a ninguém porque tu é meu mesmo não sendo. Tu me descobre, e consegue ver por baixo das capas, e nem precisou do manual de instrução. Apenas me leu e já sabias como manusear sem quebrar, e se quiçá isto acontecesse era tua cola que me mantias viva.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

renovando verdades

Eu não mudei, eu sempre fui assim e escondia dentro de mim. Eu não quero saber tua idade, nem se gosta da cor das minhas unhas, eu quero você pra mim, não para amar, quero o teu pervertido, porque só vou te dar isso. Não tente me colocar apelidos, não acho fofo.Não quero amor, nem tenho pra dar. Aprendi da pior forma que amor não vale nada, e não quero teorias de que o teu vale. Hoje não. Só hoje não. Te importas se eu for mais homem que você? Porque eu não quero ter que colocar minha capa de mulherzinha pra ficar ao seu lado. Não, fica tranquilo eu me depilo, e tenho as unhas em dia, só que eu aprendir a  arrotar. E falo palavrão. E você quer eu, então basicamente vou ser eu, dá pior forma e a melhor que sei atuar. Eu não te quero pra amar, eu não ser apaixonável pra você. Não tente me ganhar, porque prometo não tentar. Não é jogo nenhum, vamos ser limpos, nús.  Só por favor não se apaixone.

sábado, 18 de agosto de 2012

Devaneios

Sonhei que estávamos abraçados, e neste momento era apenas eu e tu, nós. Logo depois surge pessoas, seus pais, amigos e me dou conta que nada havia acabado. Tudo que aconteceu depois do adeus, eram apenas imaginações minhas enquanto respirava teu perfume e deseja te amar pra sempre. Calmamente te sorri e falei obrigada, e não entendeste. Queria saber porque não conseguia desviar o olhar dos teus e te sussurar mil te amo. Então olhei pra minha roupa, não a conhecia. Olhei o jornal e marcava o ano 2017. Seu cabelo está mais curto, e sua barriga te entrega que não parastes de beber,mas eu te amava da mesma maneira. Seus pais sorriam, seus avós também. Então olhei pra mim, estava idêntica, mas meu ar de séria me assustou. Usava óculos, papéis ocupavam meu lugar no sofá e meus cabelos não tinham mais dois tons. Em um dos meus dedos existia um anel idêntico no que tinha no seu e eu não sabia como tinha ido parar ali. Éramos um só. Você sorriu e eu pude ver que me amavas. Saímos nós dois e pelo trajeto conversávamos sobre nossas bobagens com malícia. Tu não me chamavas pelo meu nome, nossos apelidos eram iguais e o teu cheiro também. Tu me dizias o quanto eu tinha mudado e continuava a mesma pessoa que conhecera e se apaixonara. E eu adorava ouvir tua voz falando de mim. Na rádio tocava nossa música e tu me deste a mão e pronunciavas em como alguém adivinharia que daríamos certo. Falo que te amo e tu me beijas, e teu gosto continua igual. Paramos, jantamos e você continua comendo da mesma maneira, e com dengos pra mim. Vou ao banheiro e passo pela porta do seu, está se olhando da mesmo jeito e me sorri de volta e eu entendo teu sorriso. Você vem e me abraça e me conta que acredita ser pra sempre. Eu te abraço de volta e me corre uma lágrima. Antes de poder te dizer que concordo plenamente, eu acordo. E vejo que estou no meu quarto. Olho para o lado vejo que nossa foto não estampa mais a tela do meu computador.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Particular

Não sei se é falta das lembranças, nos momentos, dos ares. Só sei que é saudade. Pode ser que seja a forma que eu me sentia ou a sensação que me transmitias, mas meus dia já não são iguais. Não sou infeliz, e nem feliz. Não amo, nem odeio. Sou como uma água morna que só vai sendo levada pela correnteza mais forte. Consegui me colar sozinha, e acreditar que não precisava de ninguém. Eu aprendi a me virar sozinha, e não chorar por isso. A cada passo errado, recito mantras de auto-ajuda e espero encolhida passar a turbulência. Cansei de imaginar cenas e colocar "e se" em cada pensamento. Não espero nada das pessoas, apenas as observo o tempo todo. Posso correr pra qualquer lado, só que nenhum se tornou correto. Não quero o meu eu de antes, e muito menos o de agora. O que me espera?